sábado, 21 de maio de 2016

Poemas soltos (VII)

A certeza do incerto

Na casa dos mil espelhos
Não há portas, nem janelas
Quatro fachadas erguidas
De rebocos já caídos

Nos jardins da casa dos mil espelhos
Houve rosas, houve flores
Risos, lágrimas, amores
Formosos Cisnes vagueando nos lagos

Uma mansidão sôfrega e débil
Atordoa a mente que já não sente
Os vidros partidos da casa dos mil espelhos

Boiando embalado pela corrente
Sonho com a casa dos mil espelhos
A casa que nunca foi da gente
E a incerteza é tudo certamente…

Marco Valente 21/05/2016

Sem comentários: