segunda-feira, 10 de junho de 2013

Nascimento

Iniciamos hoje este blogue, 1945 anos após a morte de Nero (Imperador romano), ocorrida em 68 d.C. e 341 anos após o nascimento de Pedro I, o Grande da Russia.
Como este Pedro – que empreendeu um périplo de 18 meses pela Europa, em que se fez passar por marinheiro e trabalhar como carpinteiro num estaleiro da Holanda, aprendeu a retalhar a gordura da baleia, estudou anatomia e cirurgia observando dissecação de cadáveres, visitou museus e galerias de arte – pretendemos, com base na nossa própria caminhada abarcar aqui uma série de temáticas, com uma visão Humanista. Partilhando conhecimentos e pensamento, a partir de uma experiência de décadas.
Durante todo este tempo fomos arqueólogo, investigador, funcionário de ourivesaria, guia de património, comunicador, técnico de arqueologia, professor estagiário, repositor, recenseador, agricultor aprendiz e feirante.
Ao longo deste percurso fomos apreendendo, recolhendo e publicando conhecimentos, que pretendemos agora partilhar através desta janela para o mundo.
Porque muito em nós foi investido e muito devemos às gerações que nos precederam, sem as quais não estaríamos hoje aqui.
Pretende ser um instrumento que permita compreender o presente da Humanidade, que no seu todo é, de facto, um pouco como o presente de cada Homem, fruto das experiências passadas, impregnado pelas ilusões, pelos entusiasmos, pelos erros, pelos sucessos e insucessos que cada um de nós viveu. De resto, não se explicaria o consumo tão amplo que hoje fazemos da História, se não fosse a curiosidade de descobrir aquilo que éramos, para melhor conhecermos aquilo que somos, e assim construir com bases sólidas o que poderemos vir a ser.
Um regresso ao passado, portanto. Mas que passado? Para quem o contemple distraidamente, ele apresenta-se como um amontoado caótico de episódios desconexos, um frenético agitar de personagens incompreensíveis, uma sequência de alianças, vitórias, derrotas, guerra e paz, que se repetem monotonamente ao longo dos séculos.
Existe, porém, uma outra maneira de ver o passado, o modo característico dos seres racionais que querem compreender a realidade, o processo da História, que investiga, organiza os seus materiais e deles extrai um sentido complexo.
Sejam todos bem-vindos, à viagem que agora iniciamos, navegando assim, por este imenso mar de ideias.


“O mar é tudo. Ele cobre sete décimos do globo terrestre. Seu sopro é puro e saudável. É um deserto imenso, onde o homem jamais está sozinho, pois sente a vida se movimentando por todos os lados.” – Julio Verne

2 comentários:

oasis dossonhos disse...

Marco

Deixo aqui o meu aplauso a este teu projecto. Bem haja pela partilha!

Marco Valente disse...

Bem haja pela inspiração amigo Luís.