Iniciamos
hoje este blogue, 1945 anos após a morte de Nero (Imperador
romano), ocorrida em 68 d.C. e 341 anos após o nascimento de Pedro I, o Grande da Russia.
Como este Pedro – que empreendeu um périplo
de 18 meses pela Europa, em que se fez passar por marinheiro e trabalhar como
carpinteiro num estaleiro da Holanda, aprendeu a retalhar a gordura da baleia,
estudou anatomia e cirurgia observando dissecação de cadáveres, visitou museus
e galerias de arte – pretendemos, com base na nossa própria caminhada abarcar
aqui uma série de temáticas, com uma visão Humanista. Partilhando conhecimentos
e pensamento, a partir de uma experiência de décadas.
Durante
todo este tempo fomos arqueólogo, investigador, funcionário de ourivesaria,
guia de património, comunicador, técnico de arqueologia, professor estagiário,
repositor, recenseador, agricultor aprendiz e feirante.
Ao longo
deste percurso fomos apreendendo, recolhendo e publicando conhecimentos, que
pretendemos agora partilhar através desta janela para o mundo.
Porque
muito em nós foi investido e muito devemos às gerações que nos precederam, sem
as quais não estaríamos hoje aqui.
Pretende
ser um instrumento que permita compreender o presente da Humanidade, que no seu
todo é, de facto, um pouco como o presente de cada Homem, fruto das
experiências passadas, impregnado pelas ilusões, pelos entusiasmos, pelos
erros, pelos sucessos e insucessos que cada um de nós viveu. De resto, não se
explicaria o consumo tão amplo que hoje fazemos da História, se não fosse a
curiosidade de descobrir aquilo que éramos, para melhor conhecermos aquilo que
somos, e assim construir com bases sólidas o que poderemos vir a ser.
Um
regresso ao passado, portanto. Mas que passado? Para quem o contemple
distraidamente, ele apresenta-se como um amontoado caótico de episódios
desconexos, um frenético agitar de personagens incompreensíveis, uma sequência
de alianças, vitórias, derrotas, guerra e paz, que se repetem monotonamente ao
longo dos séculos.
Existe,
porém, uma outra maneira de ver o passado, o modo característico dos seres
racionais que querem compreender a realidade, o processo da História, que
investiga, organiza os seus materiais e deles extrai um sentido complexo.
Sejam
todos bem-vindos, à viagem que agora iniciamos, navegando assim, por este
imenso mar de ideias.
“O mar é tudo. Ele cobre sete décimos do globo
terrestre. Seu sopro é puro e saudável. É um deserto imenso, onde o homem
jamais está sozinho, pois sente a vida se movimentando por todos os lados.” –
Julio Verne
2 comentários:
Marco
Deixo aqui o meu aplauso a este teu projecto. Bem haja pela partilha!
Bem haja pela inspiração amigo Luís.
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