Desenho de Marta Valente
Este
fenómeno conhecido como Luz da Caniceira ou da Carniceira ocorre, com tal designação,
entre as seguintes povoações e/ou locais: Alcácer do Sal, Figueira dos
Cavaleiros, Ferreira do Alentejo, S. Romão, Herdade da Palma, Estrada Nacional
que vai de Alcácer do Sal a Santiago do Cacém, Grândola, Montes Velhos,
Gasparões, Lagoa dos 3 Marcos ou 3 Naves, Monte de S. João, Ribeira da
Abegoaria.
Várias
são as versões da dita e múltiplos os avistamentos. Acrescentamos mais uma
(inédita) em seguida:
Caso sucedido a José
Pulquério, pessoa dos seus 40 anos, morador em Beja e natural dos Gasparões.
“Estava com uma namorada,
no interior de um veículo ligeiro, ao pé de uma terra chamada Olhas, de noite,
num caminho velho, debaixo de uma árvore.
De repente, do lado do
pendura surgiu uma Luz fixa (parecia tipo de um candeeiro, um petromax, mas com
uma Luz ainda mais forte).
Assustados, meteram o
carro a trabalhar, arrancaram e a dita Luz ainda os acompanhou durante cerca de
3 ou 4 Km, do lado de fora do pendura, à altura do vidro da porta do veículo.
Iam das Olhas para
Ferreira.
Ocorreram estes factos
há cerca de 20 anos atrás, entre a Primavera e o Verão.”
Bibliografia
pessoal e Links a consultar quanto a este fenómeno em específico:
VALENTE,
Marco (2013) – A Luz da Caniceira – um conto popular alentejano, In Aldraba, Boletim da Aldraba –
Associação do Espaço e Património Popular, n.º 13, Lisboa, pp. 16-20
2 comentários:
Nasci em Grândola, vivi lá até aos 18 anos, outras vezes lá fui, sempre ouvi falar da Luz da Caniceira, algumas histórias conseguem ser hilariantes.Em Grândola diz-se que uma mulher, numa altura de grande fome, não tendo pão para dar ao filho, atirou-o para dentro do forno, daí que a luz, por vezes, pareça um borralho de lareira. Há outra luz famosa no concelho de Grândola, a Luz da Ameira, mas a Caniceira é mais famosa
Cara Leonor
Consegue dizer algo mais quanto à dita Luz da Ameira ? Alguma recolha de testemunho de alguém que a tenha visto ou escutado alguém a contar ?
É muito importante face ao registo do imaginário popular, mesmo do nosso século XXI.
Grato pela partilha
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