terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Amores Platónicos (IX)

Preso ao desejo de ti...

Mente maldita que me tens cativo
Criatura patética! Como te tens iludido.
Da minha boca saem sílabas sem conexão
E nem tu nem ninguém as compreenderão

Quotidiano de um filme classe B
Onde actuo sem me interrogar porquê
Sou semente que pairo ao sabor do vento
Esperando nascer a qualquer momento

Prisioneiro do desejo carnal
Sem caminho que guie meus passos
Porque tudo o que desejo afinal
É o Amor que espero encontrar nos teus lábios

Nunca ninguém me viu chorar assim
Sem conseguir desta prisão sair
Procuro-te entre as sombras guiado por teu odor jasmim
Pensando em teu idioma corporal ao qual me quero unir.

Marco Valente (El Mariachi, Vila Nova de Gaia, sem data)

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