quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Amores Platónicos (VIII)

Só aqui vive quem não quer ver

Meu passo é inseguro e incerto
Nenhum som se escuta em meu redor
À minha frente se ergue a Céu aberto
A caverna que desce ao Mundo interior

Demando coisa mais augusta e preciosa
Perto dela o Graal parece mais ser parra
Sem uva, como flor (espinho sem Rosa)
Como acorde sem ter p'ra o tocar guitarra

Há muito que o senti pois sou diferente
Meu Deus Meu Deus, porque me abandonaste
Sozinho a afogar num Mar de gente
Que minha Dor infinda para ti baste

Não me encontro!!! Porquê?
Enganado fui e hoje vivo me enganando
Calando sou como quem não vê
A sociedade que ora vivo vomitando.

Marco Valente (El Mariachi, Vila Nova de Gaia, sem data)

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