sábado, 24 de maio de 2014

Fantasmas, vultos e sombras (I)

Relato de informante que optou pelo anonimato:

Uma mulher vinha de carro com o filho, de Beja para Pias, ao chegarem junto à ponte do Guadiana viram um vulto feminino vestido de branco[1] junto a um caminho em terra batida que dava acesso a um Monte abandonado.
Após passarem a ponte do Guadiana voltaram para trás, com curiosidade, para ver se a viam novamente, mas já não a conseguiram ver. Ficaram na ideia que teria sido um fantasma. Tal observação ocorreu por volta das 2:00 da madrugada e há cerca de um ano atrás.


[1] Mulher de Branco

Este mito, em conjunto com o de “Bloody Mary”, aparece um pouco por todo o mundo, e a lenda diz que uma jovem mulher, num ato de desespero, devido aos maus tratos sofridos pelo marido, matou os seus filhos. Outra versão profere que, esta mata os filhos por eles a impedirem de se casar com o homem dos seus sonhos. Mas em ambas as lendas, depois de morrer, esta mulher transforma-se num espírito. A versão mais famosa é provavelmente a versão mexicana, em que, uma princesa indiana, Doña Luisa de Loveros, apaixona-se por um nobre mexicano chamado Don Nuno Montesclaros. A princesa estava muito apaixonada pelo nobre e teve dois filhos dele, mas o indivíduo recusou-se casar com ela. Quando Montesclaros a deixou e casou com outra mulher, Doña Luisa ficou enlouquecida com raiva e esfaqueou os dois filhos. A polícia encontrou-a a chorar, vagueando pelas ruas, com as roupas cobertas com sangue. Acusaram-na de infanticídio e mandaram-na para a prisão. Desde aí, se diz que o fantasma de La Llorona (“a mulher chorona”) vagueia o país à noite nas ruas com as suas roupas sangrentas, chorando pelo homicídio dos seus filhos.

Esta é uma versão moderna de uma lenda muito antiga, que possivelmente surgiu enquanto os conquistadores espanhóis tentavam conquistar o Rio Grande.

Existe outra versão nascida em Dallas em que, La Llorona é ligada a outro mito urbano, o “Passageiro Fantasma”. Nesta, durante a maioria das noites, o condutor dá boleia a uma mulher que está na rua e, ou esta desaparece quando passam por um cemitério ou dá uma morada de uma casa há muito tempo abandonada.

Existem mais algumas versões, desta vez vinda de White Rock Lake (Dallas), uma bela jovem vestida com uma camisa de dormir branca, coberta de sangue, que pede boleia, dá um endereço de uma morada e depois desaparece mesmo antes de chegar ao destino. Também vinda de White Rock Lake, diz-se que a mesma mulher aparece nas casas com os alpendres virados para o rio, pedindo para usar o telemóvel e depois desaparece deixando apenas uma poça de água e ecos de gritos.


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