Mesmo na hora da morte podemos observar diferenciação
social. Uma das formas de o fazer é através da observação das lápides de
sepulturas que podemos efectuar em alguns cemitérios.
Num primeiro exemplo, podemos observar no campo epigráfico a
seguinte leitura:
D[escanse]E[m]P[az]A[mem]
AQUI JAZ
FRAN[CIS]CO ROSA
CAMPANIÇO FALLECEU
EM 8.5.911 COM 73 ANNOS
DE EDADE ETERNA
RECORDAÇAO DE SUA
FILHA MARIA DA
CONCEIÇAO ROSA
ESTAMENHA
É dado destaque à data da sua
morte, mas não à do seu nascimento. Encontra-se este epitáfio gravado em relevo
sobre o mármore de uma sepultura, agora esquecida e abandonada, pois o tempo
tudo apaga, menos o desejo do eterno descanso para o ente querido que partiu.
Não muito longe desta lápide,
encontramos, gravado de uma forma mais humilde, o próximo epitáfio. Falecimento
ocorrido cerca de 9 meses antes.
Neste podemos ler o seguinte:
AQUI JAZ
MIGUEL
PIRES
FALECEU
EM 12-8-
-1910-
Nesta não sabemos quem a mandou
executar, nem se tinha familiares vivos à altura para o fazer. Apenas sabemos
que Miguel Pires ali jaz e a data do seu falecimento.
De uma coisa temos todos a certeza (pelo menos nos
nossos tempos e enquanto se não inventar o elixir da eterna juventude), quando
nascemos um dia iremos falecer.
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