sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Poemas soltos (I)

Também publicarei aqui poemas soltos de minha autoria. Porque me desafiaram a partilhar todos eles. Alguns, pelo menos, irão sendo partilhados com todos vós. E sem mais delongas, aqui seguem.

Baile de máscaras

Just Use It - diz a marca
O que tu fazes muito bem
Usas e abusas como anarca
Não tens carinho por ninguém

És a figura mais perfeita
Vives para toda a facilidade
Ela até com o Diabo se deita
A ladra da alheia felicidade

O teu falso puritanismo
Que asco até mete nojo
Tiques parvos de elitismo
Com iscas andas no bojo

As máscaras (que tu coisa usas) com a maior perfeição
São a verdade e a pureza
Oh noiva do Zé aldrabão
Amiga da mentira e da torpeza

Não te preocupes ser boçal e asqueroso
Este mundo está para ti
Oh verme gosmento e baboso
O baile de máscaras é aqui.

Marco Valente (El Mariachi, Vila Nova de Gaia, 01/07/2001)

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